terça-feira, 14 de junho de 2022

 


VIVENDO A VIDA NO MODO AUTOMÁTICO

 

Uma das justificativas para não fazer terapia é a falta de tempo e isto por si só já seria um bom motivo para fazer terapia. Imagine por um instante, ter alguém que o escute com toda a atenção voltada somente para você por cerca de 50 a 60 minutos semanais. Um momento que poderá auxiliar a se preparar refletindo antes de cada passo determinante, como diz Clarice Lispector “E o mundo a me exigir decisões para as quais não estou preparada”. Tanto a ser feito, problemas a resolver, decisões a tomar... pois então, a clínica filosófica pode ser tudo o que você precisa para encontrar um modo de ser e agir seu, só seu.

Viver no modo automático como se fosse uma máquina quase sempre nos levar a viver uma vida inteira sem entender quem se é e o que se quer. O grande lance da clínica filosófica é ajudar você a entender qual é o seu ritmo, seu estilo, sua escolha de vida. A Filosofia Clinica é uma alternativa terapêutica que entende que só se deve “ir ao mundo do outro” com carinho, ética, escuta atenta e amorosa, esse é o papel do filósofo clínico garantir que você seja singularmente cuidado.

E não pense que terapia é coisa de maluco, até mesmo porque não há loucura na Filosofia Clínica. Terapia é para quem se ama, ou para quem quer aprender a se amar, para quem entende que alguns processos pelos quais passamos na vida precisam de alguém com um olhar e uma escuta treinada para identificar e trabalhar pontos determinantes em sua estrutura de pensamento que ao longo da clínica filosófica farão toda a diferença para o partilhante.

Esses momentos marcantes, divisores trabalhados em clínica inclusive os bons e belos podem ser vividos de uma forma muito peculiar, eu diria vividos com mais presença de si mesmo. Porque quando se vive muito tempo no automático a vida passa por você, mas a tendência é que você não passe pela vida.  Sabe aquela celebre frase “se você pudesse voltar no tempo que conselho você lhe daria? ” Bem, fazer terapia nesse momento, muito provavelmente vai evitar que você no futuro deseje voltar no tempo.

 

Me chame no WhatsApp, vamos conversar (21) 99971-5590

Paula Prizo

Filósofa Clínica

 








Depoimento de um partilhante. 


A Filosofia Clínica tem me ajudado a me encontrar e entender que sou única. A entender que não devo ficar me comparando com os outros e com o que os outros pensam.  Também a enfrentar a um gigante de cada vez, no meu tempo.

 A acreditar que eu posso e vou conseguir. Vivendo um dia de cada vez. ( Isso é bem difícil para quem é ansiosa como eu)

segunda-feira, 13 de junho de 2022












Esvaziar-se, esse é um dos exercícios que o filósofo clínico pratica a fim de dar espaço à singularidade daquele que busca a terapia. Parece um paradoxo, após anos de estudos e pesquisas chegar à conclusão de que “nada saber” é o melhor caminho para ir ao mundo do outro. Entendemos que não somos dono da verdade e que como cita Lúcio Packter: “aquilo que uma pessoa sente, vive, afirma, imagina, faz – isso é assim para ela -, independente de ser compartilhado com as outras pessoas, de ser aceito, criticado, ironizado, proibido e assim por diante. ” 

A Filosofia Clínica nos ensina a escutar a singularidade e fazemos isso destronando toda a bagagem de pré-conceitos ou pré-juízos que carregamos, não trazemos conosco as verdades normativas que ditam como alguém deve ser, agir e viver. Na terapia em Filosofia Clínica o objetivo é o SER.

A cada forma de linguagem, a cada movimento, expressão ou olhar, o terapeuta está atento e escuta. Sim, a escuta! A escuta é crucial em terapia, através dela o filósofo auxilia o partilhante a se encontrar e ou a se descobrir, Hélio Strassburger diz em seu livro Filosofia Clínica - Anotações e Reflexões de um consultório que: "Acredito que a maioria das pessoas tenha a sua melhor versão à espera nalgum recanto de si mesma”. Isso é o que me move a ser terapeuta, contribuir para essa descoberta, para esse encontro. O poetinha Vinicius de Morais bem disse: “A vida é a arte do encontro”, em Filosofia Clínica é o encontro de si mesmo.


Paula Prizo

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022


Você e o Tempo

Em “O tempo” Mario Quintana nos diz: “A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa”. Na maioria das vezes se tem a sensação de que o tempo voa, pessoas apressadas correm de um lado para outro sem ter tempo para si mesmas. Outras vezes, ele pode passar bem devagar ou termos a sensação, de que ele nem mesmo passou.
Semanas difíceis, tristezas, decepções, alguns momentos marcam para sempre. Vivemos entre tempos, aquele marcado pelo relógio que nos faz viver em constante estado de vigilancia e controle, e o tempo em que nossa essência pode se perder ou se encontrar.
A rotina pesada pode nos cobrar mais do que cabe o tempo no relógio. Algumas pessoas adaptam o tempo subjetivo a esse ritmo do mundo. Outras pessoas vivenciam no tempo subjetivo, no ritmo de seus pensamentos e reflexões. O tempo para cada pessoa pode ter dimensões, velocidade e importancia bem diferentes. Mas o que é certo é que ele passa...

“Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal…
Quando se vê, já terminou o ano…”
(Quintana, O tempo)

Ao final de cada ano muitos fazem resoluções para o tempo seguinte. Mas, o ciclo da correria se renova com o novo ano. E novamente sem tempo, sem tempo seus desejos, seus sonhos...sem tempo para sentir o que se passou, sem tempo para viver, sem tempo para ser. Ah o tempo, certamente é o culpado, ele corre depressa demais. O tempo... é preciso e é possível saber apreciá-lo.
A terapia em Filosofia Clínica convida a apreciar o tempo, a viver a sua jornada de forma mais leve e do seu jeito. Separe um momento para cuidar de si e aprender a viver, porque se você não o fizer, quem o fará?

Paula Prizo

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sábado, 12 de fevereiro de 2022


 Espelhos & Escolhas

Cada pessoa tem uma forma de alimentar a alma, uma maneira própria de trazer luz aos pensamentos, em uma tentativa de deixar o coração em dia e tudo ao seu redor em paz. Contudo, algumas vezes até o ato mais simples passa a ser complicado e quando isso acontece é o momento de buscar terapia.

Clarice Lispector em uma de suas citações que nos incentivam a aprender a viver nos diz que: “Se você se sente infeliz agora, tome alguma providência agora, pois só na sequência dos agoras é que você existe”.

Os cuidados existenciais têm muito a ver com a qualidade da vida que se terá depois. É importante começar o quanto antes. Cuidar de si, do seu bem-estar não é um ato de egoísmo, é um ato de generosidade. Uma pessoa quando se encontra, tudo ao redor dela ganha uma nova luz, ganha um novo perfume. 

Num mundo onde “as relações escorrem pelo vão dos dedos” como nos diz o filósofo Zygmund Bauman, a primeira relação a ser resgatada e restaurada deve ser a do partilhante consigo mesmo, com sua singularidade. Olhando para si, falando sobre a sua historicidade, se ouvindo e com a escuta atenta do Filósofo Clínico, o partilhante começa a se descobrir. 

Jean Paul Satre diz em sua obra Entre quatro paredes: “Minha imagem, no espelho, era domesticada”. .A imagem no espelho quase sempre, representa os papéis existenciais na sociedade, no trabalho, em casa..., mas não poucas são as vezes, que não reflete o seu Ser.  Quem escolhe fazer essa jornada em busca de conhecer a si mesmo, vive momentos de muitas descobertas e como consequência desse processo, a configuração ao redor do partilhante muda: questões existenciais que giravam entorno dos seus pensamentos tirando muitas vezes a sua paz e o sono, se resolvem ou se organizam passando a ter maior ou menor valor e perdendo o poder de desestabilizá-lo. Jean Paul Sartre também nos diz que: “Viver é isto: ficar se equilibrando o tempo todo entre escolhas e consequências”. Você quer fazer boas escolhas? Quer ajuda nisso? Faça terapia.

Paula Prizo