Quando a pessoa chega à clínica eu peço que me deixe conhecer um pouco a sua história, a sua trajetória de vida. Algumas pessoas acham que a historicidade de vida é a própria vida delas. Então, quando há um acidente, um fracasso, uma grande decepção, muitas vezes a pessoa não entende que a trajetória é um navio que navega através do oceano e, ela pode achar que aquilo é ela mesma. Às vezes pode ser, outra vezes não, mas nós não sabemos. O filósofo clínico quer entender o que se passa, porque não há na Filosofia Clínica a verdade a priori, o que o partilhante está trazendo será trabalhado com a pessoa tanto quanto possível. Às vezes o que uma pessoa fala de si mesma, a historicidade nega, dizem que elas são pacatas, que são serenas, e na historicidade delas você não encontra isso. Outras vezes é a maneira como a pessoa edita a trajetória dela. Só com o levantamento das Bases Categoriais será possível iniciar a aproximação clínica da Estrutura de Pensamento do partilhante.
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