Viajante de mundos
O filósofo clínico em formação tem a sua própria clínica, ele faz terapia com um colega filósofo. Nesse processo ele entende que a clínica se torna um espaço também de construção e desconstrução de conhecimentos. É o momento em que ele olha para si mesmo e para o seu mundo e revê a própria história a partir da Filosofia Clínica. Ele aprende, entende e sente que a cada vez que uma pessoa chega, ela vem trazendo um mundo, o mundo dela, conforme a representação dela.
“O mundo é minha representação”
Schopenhauer
Na clínica, o partilhante percebe que ele pode se expor, que ali tem alguém que o escuta. Na Clínica Filosófica, aquele que chega, chega no seu espaço, onde ele pode dizer aquilo que ele quiser dizer. O filósofo clínico vai ao mundo do outro como um estrangeiro, ele observa o significado da linguagem do partilhante pelo partilhante. Ele não interpreta, ele entende com funciona aquela pessoa, como a sua estrutura de pensamento se organiza e como ela se movimenta mediante suas questões existenciais. O filósofo clínico é um viajante de mundos com um coração aprendiz.
Paula Prizo
Nenhum comentário:
Postar um comentário